
Inovação
23 Novembro | 2023
Espiral 5E: inteligência natural para a resolução de problemas complexos
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A mecanização da agricultura tem uma história antiga. Nos Estados Unidos, tratores maiores e mais automatizados estão plantando e colhendo milhares de hectares de super plantações como milho, trigo e soja, utilizando cada vez menos mão-de-obra.
Colheitas especializadas como frutas e vegetais, porém, não fazem parte dessa história. Essa agricultura é bem mais complicada – envolve manuseio cuidadoso e colheita seletiva, atividades fora do alcance das máquinas. Entretanto, talvez estejamos às vésperas de uma nova era da agricultura, com robôs substituindo humanos na colheita de alimentos delicados, como os morangos.
Estão sendo observados os esforços de um produtor de morangos da Flórida em aplicar tecnologias como inteligência artificial, robótica, big data, GPS e visão computacional para seus 600 hectares de plantações de morango. Durante anos, esse fazendeiro dependeu de trabalhadores imigrantes para colher morangos. Mas vários fatores, incluindo leis mais rígidas de imigração, tornaram essa abordagem mais cara e incerta.
[O produtor da Flórida não está sozinho no protótipo de colheitadeira 4.0. Várias soluções estão surgindo mundo afora. em países que vão da Espanha ao Japão passando pelo Brasil. Vale dizer que temos tradição de pioneirismo nesse front – a primeira máquina colhedora de café do mundo foi lançada pela empresa brasileira Jacto há 40 anos.]
Trabalhando com um parceiro, esse produtor desenvolveu um protótipo para uma máquina de colheita de morangos de 9,14 metros de comprimento que paira sobre colunas de plantas e tem a destreza de “colocar os morangos em uma fôrma e girá-la, imitando o estouro que colhedores humanos fazem com as próprias mãos”. Na teoria, a máquina pode operar dia ou noite e fazer o trabalho de 30 colhedores humanos. E o fazendeiro sessentão virou startupeiro.
Mudar a forma como morangos e outras frutas e vegetais são cultivados e colhidos não é algo que acontecerá do dia para a noite. As máquinas em si são caras, e fazendas que investem nelas vão precisar de funcionários especialistas em tecnologia treinados para consertá-las quando as coisas derem errado.
Mas muitas atividades nas fazendas estão prontas para automação, de fato, mais do que imaginamos provavelmente.
CRÉDITO DA IMAGEM: Shutterstock.
Bruce Posner é editor-sênior da MIT Sloan Management Review norte-americana. Escreveu este texto como um comentário a um artigo da revista The New Yorker – “The Age of Robot Farmers” –, escrito por John Seabrook.
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