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Ventriloquismo, automação e além

Confira os destaques da Review nº22

Colunista Adriana Salles Gomes

Adriana Salles Gomes

28 de Março

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Artigo Ventriloquismo, automação e além

Não sei você, mas eu sempre achei ventríloquos um tanto assustadores. Como personagens de filme de terror mesmo. E, pensando bem, também acho um pouco assustadores os ventríloquos gerenciais que são citados neste artigo da Review nº 22. Os autores do artigo, David Hollis e Alex Wright, referem-se àqueles gestores que dizem “o CEO precisa que você faça isso”. Muitos CEOs recorrem a esse expediente, inclusive: é o CEO global ou o conselho de administração que precisa dos dados imediatamente, dizem.

Em um mercado como o nosso, que vive atualmente um conflito entre a tradição do “manda quem pode e obedece quem tem juízo” e a necessidade de colocar mais poder de decisão nas pontas, o ventriloquismo parece ser mais comum. Não acha? E infelizmente basta uma única vez que uma pessoa da ponta peça algo e não seja atendida para ela começar a usar o CEO como desculpa. O problema é que isso enfraquece as lideranças. Como mostra pesquisa de Hollis e Wright, que inclui estudos etnográficos em empresas do ranking das 500 maiores do Financial Times, pode-se usar a prática do ventriloquismo em algumas ocasiões, desde que conscientemente. De modo a ganhar autoridade, em vez de perder. O artigo vale cada linha.

Essa autoridade, diga-se de passagem, é extremamente importante em situações que são abordadas nesta edição. A começar pela automação em escala que estampa nossa capa. Automatizar processos sem autoridade, só com ventríloquos, me parece receita para o desastre, não? Leiam o artigo (para assinantes) sobre isso, que fez um estudo em profundidade em dois hospitais americanos que automatizaram. Suas descobertas serão muito úteis para que a sua automação tenha sucesso, garanto. E isso vale também para projetos de inteligência artificial (IA), que muito comumente enfrentam resistências, como temos contado aqui.

Será que essa autoridade é relevante para a média gerência, da qual a cultura organizacional tanto depende? Não tenho dúvidas de que sim, e falamos disso também por aqui, neste artigo (para assinantes). Assim como falamos, não posso deixar de observar, do conteúdo que dá autoridade nas redes sociais corporativas – uma preocupação corrente por parte das empresas é de que essas redes estejam sendo destinadas principalmente à construção de marcas pessoais... Falta conteúdo! Confira o artigos.

Por fim, já que o assunto é autoridade, espero ter alguma autoridade (risos) para lhe pedir que nos avalie com o NPS, clicandoAQUI. Topa? Agradeço de antemão! E até a próxima!

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Autoria

Colunista Adriana Salles Gomes

Adriana Salles Gomes

É diretora-editorial da Qura Editora e responsável pela publicação MIT Sloan Review Brasil. É formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP) e está fazendo o programa de certificação de conselheiros da Inova Business School.

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